Na comunicação escrita temos as letras com as quais formamos palvras e, que por sua vez, formam as frases. Na comunicação cinematográfica temos como correspondentes: as tomadas, que compõem as cenas, que formam as sequências. Só que aqui, não existe o clássico b+a faz ba. Tudo depende da emoção, sensação que você quer transmitir. Começar pelo plano fechado ou aberto está diretamente ligado a isso e à estética que você definiu para a sua mensagem.
Tudo é muito relativo, por exemplo: o signo da cruz pode estar associado à salvação em determinado contexto e à culpa em outro. A qualidade de um trabalho, depende da habilidade do diretor em fazer uso de todos os elementos disponíveis para comunicar a mensagem e a sua correta compreensão pelo público.
É curioso perceber também a desconstrução da linguagem. Em determinado momento virou moda a câmera oscilante, na mão, para introduzir movimento em cenas estáticas. A câmera, quando não determina o ponto de vista de um personagem (câmera subjetiva), é o ponto de vista do espectador. Mas balançando, por quê? O espectador está tonto?
Quando comecei a dirigir cinema publicitário, elaborei uma lista com umas dez perguntas que eu teria que responder, para mim mesmo, a cada mudança de plano. Sempre acreditei que um diretor tem que ter respostas, norteadas por critérios, para cada decisão que toma em um trabalho.
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